Cruzeiro sofre nova derrota no "caso Arrascaeta/Defensor"; clube minimiza e vai recorrer
Defensor recorreu à Fifa para reclamar dívida pela venda de Arrascaeta ao Cruzeiro — Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Departamento Jurídico do Cruzeiro diz que decisão foi "mais uma" dentro de um longo processo, que deve durar, pelo menos, cerca de dois anos para ser concluído
Sem alarde. O Departamento Jurídico do Cruzeiro reagiu desta forma ao ser questionado sobre a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que manteve a condenação dada pela Fifa em agosto de 2017 (pagamento de 1,15 milhão de euros, pouco mais de R$ 5 milhões), referente à dívida do clube mineiro com o Defensor, do Uruguai, pela compra do meia Arrascaeta. O documento, foi recebido pela diretoria cruzeirense no dia 9 deste mês, e a informação publicada nesta terça-feira pelo Superesportes.
O GloboEsporte.com conversou com uma pessoa do Departamento Jurídico do Cruzeiro, que preferiu que o nome não fosse revelado, e que deu a posição do clube sobre o caso. A reação inicial foi esta:
- Sem novidades. É mais uma decisão, vai ser analisada e, provavelmente, vamos recorrer.
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Continuando a conversa com o representante do Cruzeiro, é possível entender o motivo da reação. A decisão do TAS, que o clube vai recorrer, é mais uma dentro de um longo processo, que ainda terá muitos capítulos, explicados.
- Preciso considerar todas as possibilidades, mas é muito cedo ainda. Depois de ir para o Tribunal Federal da Suíça, tem a execução da decisão. Com todo respeito, a imprensa de Belo Horizonte não tem obrigação de saber, mas não estou entendendo o alarde disso. Tem a decisão, depois tem a possibilidade de apelarmos para o Tribunal Federal da Suíça, depois essa decisão precisa ainda ser executada, para isso ela tem que ir para a Câmara Disciplinar da Fifa, depois cabe nova apelação para a Corte Arbitral do Esporte, depois nova apelação do Tribunal Federal da Suíça. Ou seja, estamos falando aí de, aproximadamente, mais dois anos.
- Realmente, é uma decisão. O Cruzeiro tem conhecimento, mas, tudo bem, segue o jogo. Não há questão nenhuma para alarde, é uma ação que ainda deve demorar, no mínimo, um ano e meio, dois anos.
Para se ter uma ideia do quanto o processo é demorado, a decisão da Fifa foi dada em agosto de 2017.
- Há um ano e meio teve a decisão de primeira instância da Fifa. Agora teve a decisão do TAS. Vou repetir, vocês (jornalistas) não têm obrigação nenhuma de saber (sobre como funciona todo o processo), mas, calma, é só mais uma decisão.
Entenda o "caso Cruzeiro / Defensor)
Em fevereiro de 2016, o clube uruguaio acionou o Cruzeiro na Fifa devido ao não pagamento de parcelas referente à compra de Arrascaeta - realizada em janeiro de 2015. Na época, falou-se em uma quantia de R$ 12 milhões (4 milhões de euros, na cotação da época) por 50% dos direitos do jogador. Metade do valor foi financiado por um parceiro, e o clube mineiro parcelou o restante em 30 vezes de R$ 212.800,00, que no total chegariam a R$ 6,3 milhões. Entretanto, a situação deixou de ser quitada em abril de 2016. Na Fifa, o Defensor cobra 1,15 milhão de euros, valor que equivale hoje a R$ 4,6 milhões.
Após as conversas com o Defensor, o Cruzeiro negociou o pagamento e se comprometeu a quitar o débito. Os uruguaios passaram a não receber as parcelas referentes à venda de 2015 desde abril de 2016 e, por isso, entrou com um processo na Fifa. Em janeiro deste ano, Arrascaeta foi vendido ao Flamengo por 13 milhões de euros (aproximadamente R$ 55 milhões).
Por Diogo Finelli — de Belo Horizonte (GLOBO ESPORTE)
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Reviewed by Douglas Pinheiro
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abril 30, 2019
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